quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Minsc - O ultimo Ventrue da Alemanha

Uma frase definia a existência de Minsc, e era a frase que ele usou quando viu o tamanho do estrago na Spielzeuge Kaiserreich.

Que grande merda.


Ele olhou para a vitrine por um instante, tentando se lembrar de cada pequeno infortúnio que o levou a estar ali, parado em frente ao que parecia ser um pequeno apocalipse.
Bem, seu pai, Albert Von Witchestein, morreu com honra de um guerreiro, conseguiu matar três americanos antes de ter a mandíbula separada da cabeça por um tiro de Fuzil, sua mãe, Carllota, morreu como uma prostituta, e foi estuprada 14 vezes antes dos soldados se cansarem dela. Minsc assistiu a tudo das sombras, e, mesmo que sua vontade fosse outra, sobreviveu.
Sua esposa morreu a 24 anos, acreditando que ele estivesse morto há muito tempo, câncer, a doença da moda. Seu filho mais velho, Klopper, foi morto pelo Implacável, uma das bestas do Sabá, por ouvir muita musica americana. Seu filho mais novo, Mark, esta com 39 anos, internado pela terceira vez na clinica de recuperação de drogados e vagabundos em geral.


“Que vida bacana”.


Para um observador casual, a loja foi atingida por um relâmpago, um terremoto e um furacão, não necessariamente nessa ordem. Mas Minsc sabia o que aconteceu. Ele viu as armas, os ossos quebrados e as manchas de piche no chão.


O chefe vai ficar puto. Melhor eu consertar isso antes que a merda chegue ao ventilador.”


Ele passeou pelo que sobrou da loja, desinstalou uma câmera de segurança e seguiu o fio até o computador embaixo do balcão. Assistiu ao vídeo pacientemente e gravou em um CD. 
Droga Kart. Eu gostava de você, e você foi se meter logo com esse bando de imbecis.
Minsc não sabia muito sobre o Sabá, e nem queria saber, na verdade, pra ele eles eram um bando de doidos que pulavam sobre fogueiras e rezavam pro diabo. Que diferença fazia se eles eram mais velhos, mais poderosos e mais organizados que os anarquistas? 
É tudo culpa do diabo, com certeza eles venderam suas almas ou coisa assim, não existe outra explicação.
Ele caminhou até o depósito, e lá encontrou um homenzinho patético, gordo e barbudo, que choramingava sem parar sobre demônios e o fim do mundo.


-Levante-se e me diga o que aconteceu.


O homem não se levantou, e não disse nada alem de eles vão me pegar, eles vão me pegar”. 
Minsc nunca foi muito bom com esse negócio de “dominação”.
-Escuta aqui seu velho imbecil, eu estou tentando melhorar as coisas e salvar sua maldita pele, então é melhor você me contar o que aconteceu! Conte-me agora!


É o fim do mundo, vamos ser engolidos pela escuridão, ele vai acordar e nos consumir em sua fome, 
a todos nós! Procure abrigo nas veias do proscrito! Pois só ele ira sobreviver!


O homem desmaiou.


-Merda, de novo essa droga. Odeio essa baboseira esotérica sobre o fim do mundo.


Ele se lembrou da outra vez que ouviu essa história. No bairro árabe, a vergonha de Munique, um comerciante de tecidos viu aquela garotinha matar um assamita e diablerizar outro. A garotinha. Ela esteve aqui essa noite também.
Que coincidência esquisita.
Minsc não tinha certeza se o poder de apagar memórias funcionava sobre pessoas inconscientes, mas ele passou meia hora inventando uma desculpa elaborada e a implantando na mente do homem. 
Ao sair da loja pegou uma lata de spray preto do chão e escreveu “Em nome de Alah” na parede da loja.


Que se dane. Já fiz demais.


De um beco muito escuro, uma criatura gorda, feia e retorcida observava, com deleite.
Era divertido pra ela sentir o ódio dele, a indignação com essa existência, as incertezas e a vontade de acabar com tudo. Se a criatura não agisse rápido ele ia por fim a sua própria existência sozinho, e ela não queria o ventrue anarquista no quinto Círculo.

Um comentário:

  1. Curti esse tal de Minsc, tenho um fraco por personagens fodidos...

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